A3 – Redes e fluxos

A3 – Redes e fluxos

(ici retour vers la page A – Approches théoriques : angles d’analyse et concepts)

As noções de rede e de fluxo buscam suprir a necessidade de agregar à análise das categorias diagnósticas, entendidas pela abordagem da patologização dos comportamentos infantis, e dos discursos considerados legítimos para “dizer a verdade” sobre essas categorias, outros atores que também constituem uma rede de interdependência na qual se produzem demandas por cuidado especializado. A demanda por cuidados obedece a procedimentos básicos em diferentes instituições. Identificar um mau comportamento ou um baixo rendimento no âmbito escolar é o primeiro passo para a produção da demanda.

Isso significa que, além da criança e do adulto que identifica o “problema” (os pais ou os professores), são mobilizadas categorias que respondem a uma expectativa prévia acerca de um comportamento “anormal”, discursos que subsidiam essas categorias e documentos produzidos e disseminados a fim de reportar o problema a um profissional socialmente reconhecido como capaz de estabelecer um diagnóstico e tratar o “distúrbio”. Ressalta-se que tanto na identificação do problema como na produção do cuidado evidencia-se um processo em rede. Pessoas de diferentes instituições (crianças, pais/família, professores/escola, especialistas) estabelecem uma relação de vínculo e interdependência, circulando por diferentes territórios e fazendo circular outras pessoas e objetos (documentos, usuários, fotos, mapas do território). Nesta perspectiva, o foco de análise é a circulação de pessoas e objetos por meio de fluxos materiais e imateriais, envolvendo pessoas, instituições, discursos, relações, objetos e documentos que descrevem, explicam e buscam solucionar aquilo que se constitui como um problema. Dessa maneira, pessoas e objetos integram um fluxo que configura emaranhados institucionais (rede de serviços e canais burocráticos no território).

 

REDES Y FLUJOS

Las nociones de red y de flujo buscan suplir la necesidad de agregar al análisis de las categorías diagnósticas, entendidas por el abordaje de la patologización de los comportamientos infantiles, y de los discursos considerados legítimos para « decir la verdad » sobre esas categorías, otros actores que también constituyen una red de interdependencia en la cual se producen demandas por cuidado especializado. La demanda por cuidados obedece a procedimientos básicos en diferentes instituciones. Identificar un mal comportamiento o un bajo rendimiento en el ámbito escolar es el primer paso para la producción de la demanda. Esto significa que, además del niño y del adulto que identifica el « problema » (los padres o los profesores), se movilizan categorías que responden a una expectativa previa acerca de un comportamiento « anormal », discursos que subsidian esas categorías y documentos producidos y diseminados a fin de reportar el problema a un profesional socialmente reconocido como capaz de establecer un diagnóstico y tratar el « disturbio ». Se resalta que tanto en la identificación del problema como en la producción del cuidado se evidencia un proceso en red. Las personas de diferentes instituciones (niños, padres / familia, profesores / escuela, especialistas) establecen una relación de vínculo e interdependencia, circulando por diferentes territorios y haciendo circular a otras personas y objetos (documentos, usuarios, fotos, mapas del territorio). En esta perspectiva, el foco de análisis es la circulación de personas y objetos por medio de flujos materiales e inmateriales, involucrando a personas, instituciones, discursos, relaciones, objetos y documentos que describen, explican y buscan solucionar lo que se constituye como un problema. De esa manera, personas y objetos integran un flujo que configura marañas institucionales (red de servicios y canales burocráticos en el territorio).

 

 

RÉSEAU ET FLUX