B3 – Produção do cuidado

B3 – Produção do cuidado

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Este tema possibilita agregar reflexões acerca das práticas e técnicas de cuidados elaboradas em instituições da saúde mental, em especial sobre a produção de cuidados em instituições que assistem crianças e adolescentes, possibilitando analisar a forma como o cuidado singular é elaborado (em atividades institucionais como os atendimentos individuais ou em grupo) por meio de práticas como: a escuta terapêutica, a discussão em equipe, a construção do caso clínico e a produção de registros documentais (como os prontuários, o Projeto Terapêutico Individual, as guias de exames, os encaminhamentos, os relatórios). A descrição das práticas de cuidado possibilita entender o modo como os profissionais identificam os comportamentos e situações em que as crianças e adolescentes estão/são agitadas, os contextos em que as crianças são consideradas não conformes ou as situações em que as crianças são classificadas ou diagnosticadas com o Transtorno de Déficit de Atenção (TDH). Partindo das formas de cuidado é possível refletir sobre o modo como o real está implicado no político. Em outras palavras, expor como a realidade está sendo produzida ou modelada de forma aberta e mutável por meio da agencia das práticas, ou seja, como as práticas de cuidado produzem, atualizam e performam [enacted] a realidade, que é múltipla, uma vez que ela é manipulada por meio de diferentes instrumentos, atividades e técnicas. Neste sentido, existem diferentes formas de performar a doença/desvio, que no geral é detectada pelos profissionais por meio de exames, sistemas de rastreio, observação e identificação da demanda. A forma de detecção produz argumentos políticos que deslocam as decisões para lugares legítimos como as técnicas de medicalização, psicoterapias e documentos de orçamentos em saúde. Interessa-nos a produção do cuidado e seus atravessamentos técnicos, burocráticos e políticos.

 

PRODUCCIÓN DEL CUIDADO

Este tema posibilita agregar reflexiones acerca de las prácticas y técnicas de cuidados elaboradas en instituciones de salud mental, en especial sobre la producción de cuidados en instituciones que asisten niños y adolescentes, posibilitando analizar la forma como el cuidado singular es elaborado (en actividades institucionales como las atenciones individuales o en grupo) por medio de prácticas como: la escucha terapéutica, la discusión en equipo, la construcción del caso clínico y la producción de registros documentales (como los prontuarios, el Proyecto Terapéutico Individual, las guías de exámenes, las derivaciones, los informes). La descripción de las prácticas de cuidado posibilita entender cómo los profesionales identifican los comportamientos y situaciones en que los niños y adolescentes están o son agitados, los contextos en que los niños son considerados no conformes o las situaciones en que los niños son clasificados o diagnosticados con el Trastorno de Déficit de Atención e Hiperactividad (TDAH). A partir de las formas de cuidado es posible reflexionar sobre el modo en que lo real está implicado en lo político. En otras palabras, exponer cómo la realidad está siendo producida o modelada de forma abierta y cambiante por medio de la agencia de las prácticas, es decir cómo las prácticas de cuidado producen, actualizan y desempeñan [enact] la realidad, que es múltiple, una vez que es manipulada por medio de diferentes instrumentos, actividades y técnicas. En este sentido, hay diferentes formas de “performar” la enfermedad / desvío, que en general es detectada por los profesionales a través de exámenes, sistemas de rastreo, observación e identificación de la demanda. La forma de detección produce argumentos políticos que desplazan las decisiones hacia lugares legítimos como las técnicas de medicalización, psicoterapias y documentos de presupuestos en salud. Nos interesa la producción del cuidado y sus atravesamientos técnicos, burocráticos y políticos.

 

PRODUCTION DU SOIN